sexta-feira, 8 de maio de 2015

POSIÇÃO DOS PROFESSORES DO PSTU –AL SOBRE AS ELEIÇÕES DO SINPRO-AL


Hoje, dia  8 de maio, ocorre as eleições para o SINPRO-AL (Sindicato dos Professores do Estado de Alagoas), que representa os professores da rede privada de ensino do estado.  É um processo eleitoral diferente dos anos anteriores, e é notável pela mobilização de alguns setores da categoria contra a atual gestão, ligada a CUT.  Estão concorrendo ao pleito duas chapas: uma ligada a CUT/PT (‘’Sinpro: Um Novo Tempo’’) e outra ligada à CTB, central sindical ligada ao PC do B, junto com PDT, PT do B e independentes (“Sou Professor com Orgulho e Exigo Respeito’’).  Esta última força, a CTB, era parte integrante da gestão atual e rompeu com a mesma ao final da gestão.
A história do sindicato é marcada pela burocratização de anos de sua entidade. Sua primeira gestão é marcada pelo atrelamento aberto aos donos de escolas particulares. A gestão atual, ligada à CUT/CTB, não representou um avanço grande para a categoria no sentido de tomar medidas que garantam a democracia no sindicato. A desmobilização histórica da categoria resultado desses anos de gestões à frente do SINPRO-AL.

NOSSA POSIÇÃO
Nós do PSTU-AL, acreditamos no funcionamento de todos os sindicatos, que são organizações legítimas da classe trabalhadora em defesa de suas conquistas salariais e de condições de trabalho. Isso pressupõe a participação democrática dos trabalhadores em suas decisões, e envolve a convocação de assembleias e discussões na base. A Chapa 2, ligada à CUT, representa uma gestão que foi obrigada a fazer algumas ações diretas, como o fechamento de escolas, mas em anos de gestão não convocou assembleias com frequência. Na última assembleia da categoria, com cerca de 40 pessoas, notou-se o descontentamento com o setor da CUT e a falta de encaminhamento das questões. A CUT chegou a impedir muitos membros da categoria de votar mesmo sendo sindicalizados, sem sucesso pela pressão das bases. A Chapa 1, ligada a CTB, capitalizou esse descontentamento e tem chances reais de ganhar a eleição.  

Respeitamos o sentimento da categoria que mantem esperanças na chapa 1, e acreditamos ser um movimento progressivo, pois é parte de um descontentamento geral com as burocracias sindicais. Porém, não acreditamos que a chapa representa nossa concepção sindical. A direção da chapa, ligada ao PC do B, era parte da gestão atual e não fez uma crítica pública ao setor cutista durante esse tempo. Por esses motivos o PSTU –AL  chama VOTO NULO nesse processo.

Além disso, as duas chapas estão ligadas ao mesmo projeto econômico e político do Governo Dilma nacionalmente e ao governo estadual de Renan Filho (PMDB-AL), que se apoia nos empresários e oligarquias.  É esse o mesmo projeto que votou a favor do ajuste fiscal promovido por Dilma, com as MPs 664 e 665 que restringem acesso ao seguro-desemprego, PIS, abono, etc.  Essas medidas são uma forma de sacrificar conscientemente os direitos dos trabalhadores para o aumento de dinheiro para pagar os juros da dívida. 

Independente de qual chapa ganhe a eleição, chapa 1 ou 2, não acreditamos que vá haver mudanças substanciais na condução do SINPRO. Nossa categoria só obterá vitórias com uma gestão, que estando à frente do sindicato,  convoque assembleias para discutir com a categoria os rumos de todo movimento, toda campanha salarial e tome o caminho da mobilização dentro do SINPRO. Assim como faça uma campanha de filiação ao sindicato nas escolas de pequeno e médio porte, pois muitas escolas ainda tem professores à mercê dos empresários da rede, com horas –aula extremamente baixas, sequer tendo conhecimento da existência do sindicato.

PELA CONVOCAÇÃO IMEDIATA DE ASSEMBLEIAS COM TODA A CATEGORIA!

POR UMA CAMPANHA DE FILIAÇÃO AO SINPRO!

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