Hoje, dia 8 de maio, ocorre as eleições para o
SINPRO-AL (Sindicato dos Professores do Estado de Alagoas), que representa os
professores da rede privada de ensino do estado. É um processo eleitoral diferente dos anos
anteriores, e é notável pela mobilização de alguns setores da categoria contra
a atual gestão, ligada a CUT. Estão
concorrendo ao pleito duas chapas: uma ligada a CUT/PT (‘’Sinpro: Um Novo
Tempo’’) e outra ligada à CTB, central sindical ligada ao PC do B, junto com PDT,
PT do B e independentes (“Sou Professor com Orgulho e Exigo Respeito’’). Esta última força, a CTB, era parte
integrante da gestão atual e rompeu com a mesma ao final da gestão.
A história do sindicato é marcada
pela burocratização de anos de sua entidade. Sua primeira gestão é marcada pelo
atrelamento aberto aos donos de escolas particulares. A gestão atual, ligada à
CUT/CTB, não representou um avanço grande para a categoria no sentido de tomar medidas
que garantam a democracia no sindicato. A desmobilização histórica da categoria
resultado desses anos de gestões à frente do SINPRO-AL.
NOSSA POSIÇÃO
Nós do PSTU-AL, acreditamos no
funcionamento de todos os sindicatos, que são organizações legítimas da classe
trabalhadora em defesa de suas conquistas salariais e de condições de trabalho.
Isso pressupõe a participação democrática dos trabalhadores em suas decisões, e
envolve a convocação de assembleias e discussões na base. A Chapa 2, ligada à
CUT, representa uma gestão que foi obrigada a fazer algumas ações diretas, como
o fechamento de escolas, mas em anos de gestão não convocou assembleias com
frequência. Na última assembleia da categoria, com cerca de 40 pessoas,
notou-se o descontentamento com o setor da CUT e a falta de encaminhamento das
questões. A CUT chegou a impedir muitos membros da categoria de votar mesmo
sendo sindicalizados, sem sucesso pela pressão das bases. A Chapa 1, ligada a
CTB, capitalizou esse descontentamento e tem chances reais de ganhar a eleição.
Respeitamos o sentimento da
categoria que mantem esperanças na chapa 1, e acreditamos ser um movimento
progressivo, pois é parte de um descontentamento geral com as burocracias
sindicais. Porém, não acreditamos que a chapa representa nossa concepção
sindical. A direção da chapa, ligada ao PC do B, era parte da gestão atual e
não fez uma crítica pública ao setor cutista durante esse tempo. Por esses
motivos o PSTU –AL chama VOTO NULO nesse
processo.
Além disso, as duas chapas estão ligadas
ao mesmo projeto econômico e político do Governo Dilma nacionalmente e ao
governo estadual de Renan Filho (PMDB-AL), que se apoia nos empresários e
oligarquias. É esse o mesmo projeto que
votou a favor do ajuste fiscal promovido por Dilma, com as MPs 664 e 665 que
restringem acesso ao seguro-desemprego, PIS, abono, etc. Essas medidas são uma forma de sacrificar
conscientemente os direitos dos trabalhadores para o aumento de dinheiro para
pagar os juros da dívida.
Independente de qual chapa ganhe
a eleição, chapa 1 ou 2, não acreditamos que vá haver mudanças substanciais na
condução do SINPRO. Nossa categoria só obterá vitórias com uma gestão, que
estando à frente do sindicato, convoque
assembleias para discutir com a categoria os rumos de todo movimento, toda
campanha salarial e tome o caminho da mobilização dentro do SINPRO. Assim como faça
uma campanha de filiação ao sindicato nas escolas de pequeno e médio porte, pois
muitas escolas ainda tem professores à mercê dos empresários da rede, com horas
–aula extremamente baixas, sequer tendo conhecimento da existência do
sindicato.
PELA CONVOCAÇÃO IMEDIATA DE ASSEMBLEIAS COM TODA A
CATEGORIA!
POR UMA CAMPANHA DE FILIAÇÃO AO SINPRO!
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